Spotify, inteligência artificial e artistas asiáticos: realidade, inovação e recordes

Banda falsa gerada por IA engana ouvintes no Spotify

A presença da inteligência artificial em nosso cotidiano está cada vez mais evidente. Seja nas perguntas feitas ao ChatGPT, nos conteúdos consumidos nas redes sociais ou nas ferramentas de aprendizado de idiomas, a IA já é parte integrante da rotina de milhões de pessoas. No entanto, um novo episódio chamou a atenção para os limites e riscos dessa tecnologia: uma banda fictícia criada por inteligência artificial conquistou grande notoriedade no Spotify — sem que muitos soubessem que ela sequer existia.

A banda, chamada The Velvet Sundown, ganhou destaque rapidamente nas plataformas de streaming, chegando a lançar dois álbuns em apenas duas semanas. Especialistas acreditam que o projeto tenha sido desenvolvido com auxílio da ferramenta de IA Suno, utilizada para composição musical. Para muitos ouvintes, a ilusão de autenticidade foi convincente — até que um deslize nas redes sociais entregou a farsa. O caso ilustra como os algoritmos de recomendação da plataforma podem impulsionar projetos criados artificialmente, questionando os limites entre criatividade humana e automação digital.

Spotify celebra cultura Zulu em nova campanha emocionante

Enquanto a plataforma de streaming é usada por IAs para criar artistas fictícios, o Spotify também investe em conteúdos que valorizam culturas reais. A campanha mais recente do Spotify África, intitulada “Khuphuka Nathi”, é um exemplo disso. Dirigido por Sam Coleman e produzido pela Patriot Films, o filme publicitário presta homenagem à cultura Zulu e à identidade musical da província de KwaZulu-Natal (KZN), na África do Sul.

A produção acompanha a jornada de um jovem que deixa a cidade de Durban para retornar às suas raízes em uma área rural de KZN. O projeto, além de explorar a beleza natural da região, conecta emoção e tradição através da música. A trilha sonora, composta por Ndabo Zulu, mescla ritmos tradicionais com gêneros contemporâneos, como o Gqom, originário da mesma região.

Segundo Sithabile Kachisa, diretora de marketing do Spotify para a África Subsaariana, a campanha é uma “carta de amor aos ouvintes Zulu”, com o objetivo de aproximar esse público da plataforma. Jabulani Sigege, diretor criativo da agência Publicis Machine, destacou que o desafio era fazer com que os usuários Zulu se vissem representados e valorizados pelo Spotify. O resultado foi uma produção culturalmente sensível que reforça o papel da música na construção da identidade coletiva.

Jungkook quebra recordes históricos no Spotify

Paralelamente, o Spotify continua sendo palco de conquistas históricas no cenário global da música. O cantor sul-coreano Jungkook, integrante do grupo BTS, vem acumulando recordes impressionantes como artista solo. Seu primeiro single solo, “Seven”, lançado em julho de 2023, completou 102 semanas consecutivas no ranking ‘Weekly Top Songs Global’, sendo a canção de artista solo asiático com maior permanência na lista.

Seu álbum de estreia, “GOLDEN”, também não fica atrás. Lançado em novembro de 2023, ele apareceu na 70ª posição do ranking ‘Weekly Top Albums Global’ na semana de 20 a 26 de junho de 2025 e já contabiliza 86 semanas consecutivas no chart — outro recorde absoluto para um artista solo asiático.

Mesmo sem estar em fase ativa de promoção, Jungkook figura no ‘Weekly Top Artists Global’ há impressionantes 109 semanas. Além disso, “Seven” foi a faixa que mais rapidamente atingiu 100 milhões, 900 milhões, 1 bilhão, 1,1 bilhão e agora 2,42 bilhões de streams, tornando-se a música asiática mais ouvida da história do Spotify. Já o álbum “GOLDEN” superou 5,7 bilhões de reproduções, o que o torna o primeiro álbum solo asiático a alcançar essa marca.

Esses dados confirmam não apenas o sucesso de Jungkook, mas também a força global da música asiática nas plataformas digitais.