David Byrne lança “The Avant Garde”, novo single de seu próximo álbum

David Byrne, o lendário ex-vocalista dos Talking Heads, divulgou seu novo single, “The Avant Garde”. A faixa é a terceira amostra de seu próximo álbum de estúdio, intitulado Who Is The Sky?, que tem lançamento global agendado para 5 de setembro pelo selo Matador Records. Este será o primeiro álbum de Byrne desde o aclamado American Utopia, de 2018, que se transformou em um musical de sucesso na Broadway e em um especial da HBO. O lançamento do novo disco será acompanhado por uma turnê mundial.

Colaborações e Produção de Destaque

A produção de Who Is The Sky? ficou a cargo de Kid Harpoon, produtor conhecido por seus trabalhos com artistas como Harry Styles e Miley Cyrus. Além disso, os arranjos das 12 faixas do álbum foram concebidos pelo prestigiado conjunto de câmara nova-iorquino, a Ghost Train Orchestra. A influência dessas colaborações é evidente na sonoridade do novo single, que o próprio Byrne descreve de forma entusiasmada.

Uma Reflexão Sutil sobre a Arte Experimental

Em uma declaração sobre a música, Byrne explica que “The Avant Garde” não é uma crítica direta, mas uma reflexão mais complexa sobre o mundo da arte experimental.

“Algumas pessoas vão ouvir isso e dizer: ‘David está criticando seus amigos’, mas a questão é mais sutil do que isso. Quem me conhece sabe que eu frequento muitos espetáculos que podem ser classificados como vanguarda ou experimentais. O trabalho ousado e não tradicional é imensamente inspirador para mim, pois muitas vezes muda minha forma de pensar e influencia o que eu faço (espero que sem simplesmente me apropriar das ideias). Dito isso, tentar algo novo e radicalmente diferente é arriscado. Às vezes, como em qualquer coisa arriscada, o resultado não acerta em cheio o alvo. Não há garantia de que alcançará seu objetivo, mas, quando o faz, as recompensas emocionais e intelectuais valem a pena. Esse é o risco que se corre ao criar algo novo e não convencional. Então, sim, há momentos em que não significa nada, mas muitas vezes surgem momentos em que algo totalmente original nasce e tudo vale a pena.”

A Sonoridade Inusitada: “Led Zeppelin encontra Dirty Projectors”

Byrne conclui elogiando seus colaboradores por elevarem a canção a outro patamar. “Adorei que o pessoal do Ghost Train e o Kid Harpoon pegaram o que poderia ter sido uma música razoavelmente convencional que eu escrevi, pelo menos musicalmente, e a transformaram em algo que, para mim, soa como um encontro entre Led Zeppelin e Dirty Projectors.”

A crítica descreve a faixa como um art-rock arrojado com um olhar teatral, comparando-a a uma composição de Brecht & Weill para o século XXI. Com um tom irônico, David Byrne canta: “Está à frente da curva / é enganosamente denso, profundo, absurdo / é o que quer que se encaixe…”.